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A História de Curitiba começou quando os primitivos autóctones do Primeiro Planalto Paranaense foram indígenas da tribo Tingui, da nação Tupi-Guarani. Os primeiros povoadores de Curitiba chegaram no planalto em meados do século XVII em busca do ouro encontrado na região. Esses habitantes primitivos eram provenientes não só de São Paulo, mas também de Paranaguá, onde já haviam sido descobertas jazidas de ouro.
Além da exploração mineral, surgiu a criação de bovinos nos campos e uma lavoura de subsistência (para consumo dos próprios lavradores) nas terras de mata.
Em 1654, foi fundado o povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais. Ficava no local de encontro entre os mineradores e os criadores de gado. Em 1668, foi incorporado a Paranaguá. Em 1693, o povoado foi elevado a vila.
Mas a mineração não se desenvolveu por muito tempo e os mineradores começaram a se deslocar para Minas Gerais no fim do século XVII.
No século XVIII, a criação e o comércio de gado propiciaram a fixação de povoadores e o desenvolvimento da região de Curitiba. A vila ficava no caminho do gado, aberto em 1730, entre Rio Grande do Sul e Minas Gerais, para o comércio de bovinos e muares. Com a construção de uma nova estrada, que não cortava mais seus campos, a vila foi, por algum tempo, relegada ao isolamento.
Em 1820, já então chamada Nossa Senhora dos Pinhais de Curitiba. contava somente com 220 casas. Entretanto, o início da exploração e do comércio da erva-mate e da madeira provocou um novo impulso em seu crescimento. Vinte e dois anos depois, com 5.819 habitantes, era elevada a cidade.
Em 1853, foi criada a província do Paraná. No ano seguinte, já com o nome de Curitiba, foi escolhida para sua capital.
O governo provincial promoveu, então, a colonização através de imigrantes europeus, principalmente italianos e poloneses. Foram fundados, a partir de 1867, 35 núcleos coloniais nas terras de mata em torno dos campos de Curitiba. A cidade conheceu um novo surto de progresso. Desenvolveram-se as atividades agrícolas e iniciou-se a industrialização.
No século XX, após a Segunda Guerra Mundial, o progresso da cidade deveu-se, basicamente, à expansão do café, no norte do Paraná, e ao incentivo à agricultura, principalmente no oeste do estado.
Está se desenvolvendo em Curitiba um plano de humanização da cidade iniciado em 1972 pelo então prefeito Jaime Lerner. Assim não só a fisionomia do centro da cidade está se modificando, como também a mentalidade do povo em melhorar a sua qualidade de vida. Nos últimos anos, os governos Roberto Requião, Rafael Greca, Cássio Taniguchi e Carlos Alberto Richa já adotaram essa doutrina urbanística.

Período colonial
Os indígenas naturais da região de Curitiba habitavam a região mais de 7000 anos antes da chegada dos europeus. Construíam casas subterrâneas e se alimentavam basicamente de pinhão. Em 1646, a descoberta de ouro em Paranaguá pelo bandeirante paulista Gabriel de Lara despertou a atenção dos colonizadores para o sul do país. Com a instalação do ciclo do ouro e das pedras preciosas, vários arraiais surgiram sucessivamente no século XVII e se impôs a necessidade de uma administração organizada. Nomeado administrador das minas dos distritos do sul, Eleodoro Ébano Pereira chegou aos campos de Curitiba em 1649. O povoado de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, futuro distrito de Curitiba, foi fundado em 1654 e elevado a categoria de Vila em 1693. A partir do Século XVIII, a criação e o comércio de gado foram fatores decisivos para o povoamento, pois exigiram maior sedentarismo. A exploração das madeiras (pinheiro do paraná, imbuia, canela) e da erva-mate também repercutiram no crescimento da Vila, que, em 29 de agosto de 1853, com a criação da Província do Paraná, passou a categoria de cidade e capital com o nome de Curitiba. No início do século XIX, antes do Paraná separar-se de São Paulo e se transformar em Província do Brasil, Curitiba era uma cidade pequena, com um original formato circular. Compunha-se de pouco mais de duzentas casas, quase todas de um só pavimento, não muito grandes e feitas de pedra. O viajante francês Auguste de Saint Hilaire, que passou por Curitiba em meados do século XIX, escreveu que na época, a maioria das casas possuía um agradável quintal, com macieiras, pessegueiras, cerejeiras e outras árvores frutíferas bem diferentes das existentes em outras regiões do Brasil. Talvez por isso, a cidade apresentava um certo ar europeu. A iluminação pública era escassa. Alguns lampiões, alimentados com azeite de baleia, funcionavam somente quando o governo de São Paulo liberava dinheiro.

Período imperial
O processo de crescimento populacional da cidade e do município relacionou-se intimamente à imigração européia: alemã em 1833; italiana em 1871; e por fim os poloneses e ucranianos. Em 1876 existiam vinte colônias agrícolas relacionadas a vários grupos étnicos, as quais abrigavam, além de agricultores, outros profissionais, como por exemplo ferreiros, carpinteiros, artistas, além de pequenas indústrias, a maior parte ligada a alimentação.

Período republicano
Mapa da cidade de Curitiba, em 1894. Arquivo Nacional.
República dos Estados Unidos do Brasil, janeiro de 1894. O Brasil estava em guerra. Os federalistas ou maragatos queriam a renúncia do presidente Marechal Floriano Peixoto. Eles lutavam contra os legalistas ou pica-paus, partidários do presidente. A luta ia desde o Rio Grande do Sul com destino a São Paulo e ao Rio de Janeiro.Em Curitiba, não se falava em outra coisa que não fosse a invasão dos federalistas. Eles já haviam conquistado Paranaguá, havia luta em Tijucas e na Lapa. Na Lapa, pequena e bucólica cidade circundada por montanhas e extenças campinas, a setenta quilômetros de Curitiba, travou-se sangrenta batalha para evitar o avanço dos federalistas. Os homens e mulheres criavam batalhões, como o Polonês e de São Mateus do Sul , o Jesuíno Marcondes, de Palmeira, o Garibaldino, de Curitiba e Ponta Grossa e o de Paranaguá. Após a vitória dos federalistas, houve perseguições de violência e injustiças em várias cidades, nas fazendas e nos sítios. Do lado dos vencidos e dos vencedores, houve mortes de líderes, soldados e da população em geral. Hoje, passando pelas cidades da Lapa e de Curitiba, podem-se encontrar ruas com os nomes dos heróis da Revolução Federalista, lembrados pela memória histórica, como General Carneiro, Dr. Murici, Coronel Dulcídio, Dr. Generoso Marques e o Barão do Serro Azul. Desde 1912, já existe a Universidade Federal do Paraná, a primeira do Brasil, e desde então, o crescimento foi se acelerando. Na década de cinquenta, iniciou-se a euforia com a redemocratização do país e com o fim da ditadura getulista. Além disso, houve a preocupação de consolidar a cidade de Curitiba como o centro político-administrativo do Estado. O símbolo dessa consolidação foi a construção do Centro Cívico da cidade, centro de poder, onde foram instalados o Palácio das Araucárias, o Palácio da Justiça, o Tribunal do Júri, o Tribunal Eleitoral, o Edifício das Secretarias e o Plenário da Assembleia. Nas décadas de 70, 80 e 90, Curitiba ganhou um grande número de migrantes de várias regiões do Brasil. Com o aumento populacional repentino houve o aumento da violência, que explodiu em proporções assustadoras [carece de fontes].

Cronologia
Século XVII
Os indigenas que habitavam a região do primeiro planalto paranaense pertenciam a tribo Tingui, da nação Tupi-Guarani.
Os primeiros contatos dos não indígenas com a região de Curitiba teria ocorrido neste século por núcleos de garimpeiros, os "faiscadores de ouro".
Salvador Jorge Velho descobridor de ouro, diga-se no município de Curitiba e não campos de Curitiba.
Eleodoro Ébano Pereira era o administrador das minas de ouro dos distritos do sul. Era o responsável pela coordenação das atividades dos mineradores que atuavam na região.
Manoel Soares do Valle era tenente e foi natural de Curitiba casou com Maria Pires de Barros em 1751 em São Paulo, filho de João Ribeiro do Valle e fundou uma povoação denominada de Vilinha às margens do Rio Atuba, afluente da margem direita do Rio Iguaçu.
Mudança de sede. A sede do vilarejo foi mudada para o chamado marco zero de Curitiba, na atual Praça Tiradentes. O motivo seria a umidade excessiva do primeiro vilarejo. A lenda de Nossa Senhora da Luz é a explicação popular para a necessidade da mudança.
A nova localização ficava em uma colina situada entre os vales de dois rios, o Rio Ivo e o Rio Belém.
Regularização da vila
Em 4 de novembro de 1668 reuniram-se trinta Homens bons e solicitaram ao Capitão Gabriel de Lara, de Paranaguá a elevação do pelourinho. Este simbolizava a implantação da categoria de vila e a submissão ao Rei. O pedido foi deferido e o pelourinho levantado, mas não foram eleitas autoridades.
Não havendo a eleição de autoridades, a implantação da vila não se efetivou. Gabriel Lara indicou um Capitão Povoador, que era seu representante, responsável pela manutenção da ordem pública. Este representante foi Matheus Martins Leme natural de São Paulo. (Vol VII pág. 259 e 260 Tit. Martins Bonilhas) Genealogia Paulistana de Silva Lemes.

Esta situação peculiar, irregular, se manteve até que o envelhecimento do Capitão Povoador foi acompanhado por um grande aumento da violência.
Em 1693, os curitibanos fizeram um requerimento a Mateus Leme exigindo a eleição das autoridades. O Capitão Povoador, que até então exercia autoridade quase absoluta, aceitou o pedido.
As eleições ocorreram em 29 de março de 1693, sendo eleitos os componentes da câmara municipal, os juízes, o procurador da câmara e o escrivão.
O ato foi oficializado pelo então Capitão-mor de Paranaguá, Francisco da Silva Magalhães, concluindo a organização política da vila de Curitiba.
fonte: Wachowicz, Ruy in: História do Paraná. Imprensa Oficial do Paraná, 2002

Século XVIII
Segundo o ouvidor Rafael Pires Pardinho, a cidade apresentava em 1721 cerca de 1400 habitantes. Nesta fase a dificuldade de comunicação com o litoral era muito grande, vivendo os curitibanos em certo isolamento.

Afonso Botelho de Sampaio e Souza, na segunda metade do século, melhorou a comunicação de Curitiba com o litoral, implementando melhorias em uma trilha conhecida como Caminho do Itupava. Através desta via, a viagem durava dois dias. Uma estrada alternativa, mas cuja implantação definitiva só se deu no século XIX, foi a Estrada da Graciosa.
O valor dos imóveis era baixo. Uma fechadura de porta tinha mais valor que o terreno e o resto da casa, por ser importada. Nos inventários citavam-se as ferramentas, como enxadas, como sendo de maior valor que as sesmarias.
Neste século, a região dos Campos gerais, no segundo planalto paranaense, foi progressivamente povoada por homens vindos deSão Paulo. A influência de Curitiba nesta região era pequena.
Mesmo assim, com o aumento de quilombolas, escravos fugidos morando em quilombos, e galafreses, foragidos da lei, a Câmara de Curitiba tomou algumas providências.
Foram designados Capitães do Mato, homens com a função de captura dos fugitivos, com a autorização para matá-los se resistissem a prisão.
Foi criado um ferro com a letra F (de fugido), para marcação dos capturados.
Em 1756, a Câmara de Curitiba criou o primeiro cargo oficial da região, o de Juiz vintenário. O nome advém da área de atuação deste magistrado ser sobre comunidades com menos de vinte fogões (moradias).
fonte:Wachowicz, Ruy in: História do Paraná. Imprensa Oficial do Paraná, 2002

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